domingo, 8 de novembro de 2009

Os Últimos Gigantes



« Au cours d’une promenade sur les docks, Archibald Leopold Ruthmore acheta l’objet qui devait à jamais transformer sa vie : une énorme dent couverte de gravures étranges. »
Durante um passeio ao longo do cais, Archibal Leopold Ruthmore compra um objeto que mudaria sua vida para sempre: um enorme dente esculpido com gravuras estranhas.


E assim começa o texto de François Place, encenado pela Companhia de Teatro Détours no Auditório Barbosa Lessa. Esse conto de gente grande fala da história de uma expedição, de uma viagem, feita de sonho, de tinta, de partida e de loucura.
O espetáculo poderia ser comparado a própria história do mundo, do homem, naquilo que possui de mais belo, de mais insano, de mais fraternal, mas também de mais terrível, a história do encontro com o outro e do que é feito disso.
Mas do espetáculo o que mais impressiona não é somente a fábula pra gente de toda idade, mas a forma genial como a Companhia de Teatro Détours da França nos apresenta esse texto, onde a música e a narração interagem o tempo todo, levando o público a sentir as mesmas alegrias, incertezas, dúvidas, tristezas e perplexidades vividas por Archibal, o personagem cuja trajetória obstinada rumo à terra dos gigantes, nos remete invariavelmente à reflexão sobre a triste história da humanidade e sobre o mal que muitas vezes fazemos uns aos outros, mesmo que por vezes de forma involuntária.

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